lobo888 saque -Depois de um adiamento de última hora devido a problemas de saúde, o presidente brasileiro Luiz Inác

Lula e Xi Jinpinglobo888 saque - podem fazer história esta semana

Depois lobo888 saque -de um adiamento de última hora devido a problemas de saúde, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva visitará finalmente a China nesta semana. O encontro dos presidentes Lula e Xi Jinping é aguardado em todo o mundo, dada a importância econômica e geopolítica dos dois países.

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A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009 e seu comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 150 bilhões em 2022, com superávit de US$ 28,6 bilhões para o Brasil. Os dois países acabam de anunciar um novo acordo para facilitar o comércio e os investimentos em moedas locais, o que é considerado – inclusive pelo governo dos Estados Unidos – um importante golpe na hegemonia do dólar. O presidente Lula enfrenta inúmeros desafios no início de seu mandato, mas a cooperação com a China pode ser estratégica para o Brasil, ao ajudar o país a enfrentar pelo menos três grandes desafios.

O primeiro desafio é a erradicação da fome e da pobreza extrema, que voltou a assolar a população brasileira. Atualmente, cerca de 33 milhões de brasileiros passam fome e cerca de 120 milhões sofrem algum tipo de insegurança alimentar. A China acumulou um enorme conhecimento de políticas públicas neste setor, graças ao programa de alívio de pobreza direcionado, que tirou quase 100 milhões de pessoas da pobreza entre 2013 e 2020, e com o qual teríamos muito o que aprender.

Ao mesmo tempo, precisamos potencializar a agricultura familiar brasileira, que produz 70% dos alimentos que se consome no país e que é estratégica para o combate à fome e para a geração de renda. No Brasil, temos uma baixíssima taxa de mecanização na agricultura de pequena escala (tratores 14,5%; semeadeiras 5%; colheitadeiras 2,4%), porque a indústria de maquinário está voltada para o agronegócio monocultor e exportador. A China possui uma fabulosa indústria de maquinário para pequena agricultura. O governo Lula precisará formular políticas públicas para incentivar o setor e facilitar o acesso dos agricultores às máquinas, seja pela importação ou pela instalação de fábricas no Brasil. Junto a outros itens, como os bioinsumos (substituindo os agrotóxicos) e energia solar de pequena escala, poderiam representar uma revolução na produtividade da agricultura familiar brasileira. É muito provável que a visita de Lula facilite acordos nesta área.

Presidente da República Popular da China, Xi Jinping em visita ao Brasil, em 2019 (Foto: Marcos Corrêa/PR)

Reindustrialização

O segundo desafio é a reindustrialização da economia do país, com transferência de tecnologia, levando em consideração o meio ambiente e a crise climática. Nenhum outro país como a China reúne tantas condições financeiras, industriais e tecnológicas para cooperar com o Brasil nessa área. Há inúmeros setores promissores, como veículos elétricos, tecnologias da informação, 5G, energias renováveis, setor aeroespacial, biomedicina, semicondutores etc. Também há boas chances de alguns acordos serem firmados ao longo desta semana em algumas destas áreas. Mas há alguns desafios a serem superados, sobretudo quanto ao perfil dos investimentos chineses no Brasil.

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Entre 2005 e 2021, o Brasil foi o quarto maior receptor global de investimentos chineses. Mas de 2007 e 2021, 76,4% dos investimentos se concentraram no setor de energia (eletricidade e extração de petróleo e gás), enquanto somente 5,5% foram para a indústria manufatureira e 4,5% para obras de infraestrutura, que são nossas maiores necessidades. Cabe ao governo brasileiro propor parcerias nessas áreas que apoiem um projeto de reindustrialização.

Por que não propor a formação de mais joint ventures sino-brasileiras em alguns dos setores estratégicos para o Brasil? Entre 2005 e 2020, elas receberam somente 6% dos investimentos chineses, enquanto as fusões e aquisições receberam 70%. Importante lembrar que as joint ventures chinesas com empresas dos EUA e Europa, muitas envolvendo transferência de tecnologia, foram um dos segredos do sucesso do desenvolvimento da China nas últimas décadas.

A China afirmou no relatório do 20º Congresso do PCC que irá "aumentar o investimento de recursos na cooperação e desenvolvimento global, se empenhar em diminuir a disparidade Norte-Sul, bem como apoiar e ajudar com determinação outros países em desenvolvimento a se desenvolverem de forma acelerada". Recent accords with numerous countries of the Global South have proven that the Chinese are taking this promise seriously. This is the case for the new Argentine nuclear power plant, which will receive US$ 8 billion in financing and, more importantly, the transfer of Chinese technology (Hualong) to Argentina's state-owned company; and also the US$ 1 billion investment from Chinese giant CATL, in partnership with Bolivian state-owned company YLB, to manufacture lithium batteries in Bolivia – one of the most strategic products of today. Bolivia has the world's largest reserve of this mineral, but still lacks resources for investment in industrialization. This agreement will change the history of Bolivia's lithium sector. Now, what kind of agreements could a country with the stature of Brazil propose to China?

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The third challenge is the resumption of Brazil's role as a protagonist in the global geopolitical scenario, with its "active and proud" policy that marked the PT governments between 2003 and 2016. During Lula's visit, former president Dilma Rousseff will be sworn in as president of the New Development Bank – NDB ("BRICS Bank"). By nominating Rousseff, Lula demonstrates the Brazilian government's commitment to strengthening the BRICS – a strategic instrument of the Sino-Brazilian partnership – as one of the pillars of multipolarity.

For a number of factors, both the NDB and the Contingent Reserve Arrangement (CRA) – a US$100 billion fund whose original purpose was to be an alternative to the IMF – still fall short of their enormous potential. There is no doubt that one of the NDB's weaknesses since its inception has been the lack of strong leadership willing to face some challenges. Who better than Dilma Rousseff, a highly prestigious global leader and one of the founders of the NDB (2015) when she was president of Brazil, to take on this task?

:: Quais são os desafios de Dilma no Novo Banco de Desenvolvimento?::

In the 1980s, when China began its process of reform and opening up, it sought to learn from Brazil's industrial development, such as in the automobile industry, telecommunications and the most advanced hydroelectric technology of the time: the Itaipu Dam. Hundreds of engineers, researchers and government officials visited Brazil for years to absorb Brazilian experience and adapt it to Chinese needs. At that time, Brazil's and China's GDPs were similar. Today, China's GDP is more than ten times that of Brazil. It is Brazil's turn to send its students and staff from the most diverse areas to China, so that we can learn the lessons of the Chinese model of modernization and propose numerous forms of cooperation between the two countries. The meeting between presidents Lula and Xi Jinping could be the first step towards a new era in Brazil-China relations.

Finally, it is worth noting that given the growing strategic importance of China in world geopolitics and the need for developing countries to turn more towards the Asian country, the Tricontinental Institute for Social Research and Dongsheng have begun to produce an international edition of the Chinese magazine Wenhua Zongheng (Wé n Huà Zòng Heng), a prestigious periodical of contemporary Chinese cultural and political thought. Through this partnership, essays from the Chinese editions of the magazine will be selected every three months to be translated into Portuguese, English and Spanish, seeking to strengthen the dialogue between the intellectuals of the Global South and China.

Marco Fernandes is a researcher at the Tricontinental Institute for Social Research, co-editor of the Dongsheng collective and a member of the No Cold War Campaign.

This is an opinion piece. The author's view does not necessarily express the editorial line of Brasil de Fato.

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